Há dois anos, o mundo parou. Todos nós passamos pelo início da pandemia, quando as equipes corporativas foram mandadas para casa em massa. O trabalho remoto se tornou a única opção para funcionários em várias posições de muitas empresas. Este ambiente de trabalho era isolado, e as equipes exigiam fluxos de trabalho inteiramente novos para manter os processos de negócios funcionais—mas sobrevivemos a ele.
Agora, à medida que o mundo está começando a descobrir como conviver com a COVID-19 a longo prazo, as empresas estão avaliando como trazer os funcionários de volta ao escritório com segurança. Elas desejam obter as eficiências operacionais e insights que acontecem quando as equipes trabalham pessoalmente. Ao mesmo tempo, querem respeitar o desejo e a necessidade dos funcionários de continuar trabalhando remotamente, pelo menos em tempo parcial.
Onde todos estes fatores convergem, há uma verdade inquestionável: o trabalho híbrido veio para ficar. Essa nova realidade na maioria das organizações, como resultado da pandemia, envolverá uma combinação de trabalho remoto e presencial. Algumas empresas podem exigir que toda sua equipe trabalhe na empresa três dias por semana, com dois dias em casa (ou em qualquer outro lugar). Outras podem oferecer aos funcionários quatro dias de trabalho remoto por semana, com um deles presencialmente e outras exigirão que os trabalhadores estejam na empresa conforme necessário. Obviamente, outras inúmeras possibilidades também podem se enraizar em todo o mundo corporativo.
Estas são principalmente decisões de RH e estratégia de negócios, sem dúvida. Mas elas têm um grande impacto nas equipes de TI e segurança, que precisam garantir que a infraestrutura tecnológica da empresa forneça a conectividade segura e de alto desempenho que todo funcionário precisa para realizar seu trabalho É por isso que os líderes de rede e segurança devem trabalhar com a diretoria para garantir que as tecnologias da empresa suportem quaisquer configurações de trabalho híbrido que estejam sendo consideradas. À medida que o risco destas tecnologias e os novos modelos de local de trabalho se tornam estratégicos, estes riscos e abordagens de mitigação devem ser comunicadas à diretoria.
Flexibilidade é a chave para o sucesso do trabalho híbrido
Antes que possamos construir uma infraestrutura apropriada, os gerentes de segurança precisam entender por que a flexibilidade no modelo de trabalho atual é tão crucial. Tudo começa com a escassez de talentos que está afetando as empresas nos setores de tecnologia e negócios. As lideranças estão tendo dificuldades para atrair talentos para todos os tipos de cargos, e os pré-requisitos certamente reduzirão sua capacidade de atrair novas contratações. Quer os pré-requisitos exijam trabalho presencial, trabalho remoto ou alguma combinação, eles são um empecilho para atrair os melhores talentos. E também podem correm o risco de afastar os funcionários existentes.
À medida que os escritórios reabrem, muitas pessoas precisam continuar trabalhando de casa em horários individuais. Elas podem ter desafios no cuidado das crianças, já que escolas e creches suspendem temporariamente aulas presenciais por causa da COVID. Também podem estar enfrentando desafios de divisão de trabalho entre os membros da família, dependendo das expectativas dos diferentes empregadores em relação à reabertura dos negócios. Exigências rígidas de que a equipe trabalhe presencialmente em horários específicos, podem criar uma estrutura de classe na qual aqueles com obrigações familiares que a COVID exacerbou, sejam percebidos como não cumprindo os padrões de frequência da empresa.
Organizações que desejam atrair os melhores talentos precisam oferecer o que eu chamo de trabalho "híbrido flexível". Esta é a abordagem de gestão que tenho usado durante boa parte da minha carreira. Eu digo às minhas equipes: "Aqui está o resultado que espero do seu grupo. Não me importa como, ou onde, você realiza este trabalho. O resultado não é negociável, mas como vocês se organizam, depende inteiramente da equipe."
Isso capacita a equipe a desenvolver cronogramas de trabalho que façam mais sentido para eles, contanto que apresentem os resultados que a empresa precisa. A institucionalização de tal abordagem requer uma política corporativa de workloads híbridos e flexíveis e um foco nos resultados.
A infraestrutura tecnológica deve viabilizar a agilidade
Claro, mais um requisito para institucionalizar o trabalho híbrido flexível é fornecer a infraestrutura tecnológica adequada. Os usuários que se deslocam dentro e fora do local de trabalho de acordo com uma programação dinâmica precisam de conectividade simplificada onde e quando estiverem trabalhando.
Eles precisam acessar facilmente os recursos corporativos, através de aplicações seguras na nuvem , sem precisar de uma ampla variedade de logins. Um usuário deve utilizar seu laptop durante o home office e ter uma experiência de usuário idêntica à de quando trabalha presencialmente. A produtividade otimizada da equipe requer consistência tecnológica.
Enquanto isso, os usuários também precisam de segurança eficaz que proteja sistemas e dados contra ameaças externas, ameaças maliciosas internas e erros não intencionais dos funcionários—sem retardar o desempenho das aplicações com as quais a equipe conta.
Sob uma perspectiva de segurança, todas essas necessidades criam complexidade. As equipes não requerem proteção apenas às segundas, quartas e sextas-feiras - quando uma certa parte da equipe é remota, ou quando um grupo específico está no escritório. s tecnologias de redes e segurança da empresa devem ser tão flexíveis e compatíveis com os fluxos de trabalho híbridos quanto as políticas corporativas. A infraestrutura tecnológica precisa estar literalmente preparada para qualquer coisa.
Por que a SSE é o mais adequado
Security Service Edge (SSE) é uma stack de tecnologia na qual as ferramentas de redes e segurança convergem dentro de uma infraestrutura de nuvem. O Gartner identifica quatro elementos-chave de uma plataforma SSE: cloud access security broker (CASB), secure web gateway (SWG), firewall-as-a-service (FaaS), e zero-trust network access (ZTNA).
As plataformas SSE oferecem às empresas exatamente o tipo de flexibilidade que o novo modelo de trabalho híbrido exige. Por serem holísticas e localizadas na nuvem, estas soluções protegem workloads e usuários onde quer que estejam. E porque integram produtos de segurança essenciais, normalmente oferecem single sign-on, etapas mínimas para se conectar a diferentes ativos e capacidades self-service.
A melhor plataforma SSE para suportar um ambiente de trabalho híbrido flexível também minimiza a latência para os usuários finais. Algumas arquiteturas de segurança e conectividade remota exigem uma série de controles complicados que ocorrem sequencialmente, reduzindo a produtividade dos funcionários. Por outro lado, quando a segurança é incorporada em uma plataforma eficiente que proporciona inspeção de tráfego rápida, os funcionários em qualquer local podem realizar mais trabalhos, com mais rapidez.
Um investimento sem data de validade
E isso nos traz de volta a questão do apoio dos líderes de segurança e redes ao planejamento do novo modelo de trabalho remoto. Quando uma empresa coloca em funcionamento uma plataforma SSE, a gerência tem flexibilidade para se ajustar ao cenário externo em constante mudança, como bem entenderem. Alguns funcionários estarão no escritório todos os dias deste mês? Todos devem ser enviados para casa hoje devido a um surto de COVID? Uma equipe específica trabalhará da Europa, México ou China esta semana?
Nenhuma dessas decisões afeta a capacidade dos funcionários de realizar seu trabalho, pois existe uma solução de baixa latência que fornece rede e segurança baseadas em nuvem que eles já usam para a conectividade diária. Ninguém precisa de arranjos tecnológicos especiais para trabalhar em casa - ou mesmo trabalhar na praia, se for lá que eles estarão.
Assim, a alta administração e a diretoria não precisam mais se preocupar que a reversão de uma decisão sobre a localização dos funcionários poderá causar a inutilização de ferramentas de segurança ou de redes ou aumentar o risco para a estratégia corporativa. Mesmo se o mundo voltasse inteiramente ao antigo normal (o que não creio que aconteça) e exigisse que todos os trabalhadores estivessem na empresa em tempo integral, nada precisaria mudar. Um investimento em uma plataforma SSE continuará a trazer valor, aconteça o que acontecer com o novo modelo de trabalho.
Os negócios agora estão mudando mais rápido do que nunca. Funcionários, aplicações e dados estão localizados em qualquer lugar, e estão constantemente em movimento. As empresas precisam de uma stack de segurança que seja suficientemente flexível para proteger seus ativos, onde quer que os negócios sejam feitos e o que quer que o futuro possa reservar.